Muitos pacientes me perguntam sobre as novas técnicas para tratamento dos nódulos da tireoide como a radiofrequência e a cirurgia transoral endoscópica, e se elas irão substituir a cirurgia convencional.
Para responder a essa pergunta vou começar falando um pouco do tratamento dos nódulos, da cirurgia convencional e das novas técnicas.
Primeiro: nem todo nódulo precisa de tratamento, a grande maioria dos nódulos são benignos e dependendo de suas características e tamanho não precisam ser nem submetidos a punção por agulha fina (PAAF ou Biopsia) para diagnóstico, esses nódulos são apenas acompanhados periodicamente.
Os nódulos que precisam de tratamento são aqueles benignos que causam algum sintoma, estético ou compressivo ao paciente, aqueles de significado indeterminado na punção, os sabidamente malignos ou suspeitos e alguns outros casos.
Para os pacientes com nódulos benignos que necessitam de tratamento temos a cirurgia convencional e por vídeo que removem parcialmente ou totalmente a glândula, para os nódulos menores utilizamos a técnica endoscópica e para os maiores utilizamos a técnica convencional. A Endoscópica é realizada através de 3 pequenas incisões no lábio inferior por onde inserimos a câmera e as pinças, já a técnica convencional indicamos para os nódulos maiores e é executada da seguinte maneira: uma incisão de 5 a 6 cm no pescoço.
Todas essas técnicas são realizadas sob anestesia geral e principalmente quando é feita a retirada total da glândula o paciente precisa fazer reposição hormonal para sempre.
Para esses casos o tratamento com a Radiofrequência é uma ótima opção, com anestesia local, sem incisões utilizamos uma agulha especial que atinge e queima o nódulo, fazendo com que reduza de tamanho drasticamente em um ano. E o mais importante mantêm a função da glândula.
Já os nódulos malignos e os de significado indeterminado na maioria das vezes necessitam de tratamento cirúrgico, que pode ser através da cirurgia convencional ou por vídeo.
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